A globo veiculou na terça de Carnaval o filme "Ó Pai ó". Resultado de um trabalho muito bem realizado a patir da primeira montagem do Bando de Teatro Olodum, o filme faz uma crítica severa sobre o preconceito e a desigualdade social de forma bem humorada e aproveitando personagens bem conhecidos da realidade baiana. Gosto especialmente da Baiana de Acarajé. A cena que escolho, entretanto, como destaque da trama é a briga entre Roque e Boca. Em tempo de quarta-feira de cinzas quando os problemas momentâneamente resolvidos voltam pra nos atormentar (rs), vale (muito) a pena assistir. Clique acima e veja.
"Por acaso negro não tem olhos, Boca. Por acaso negro não tem mãos, não tem p..., não tem sentido, Boca, hein. Não come da mesma comida. Não sofre das mesmas doenças, Boca, hein. Não precisa dos mesmos remédios. Quando a gente sua, não sua o corpo tal qual o branco, Boca. Hein. Quando vocês dão porrada na gente, a gente não sangra igual, meu irmão..., pois se a gente é igual em tudo, nisso vamos ser iguais também..."
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